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UMA VIDA DE AMOR PELAS PESSOAS E PELO PLANETA

Por: Luciana Chinaglia Quintão - Presidente Executiva e Fundadora da ONG Banco de Alimentos
Data de publicação: 29/05/2025

“Uma carta de amor para o planeta”. Foi assim que Sebastião Salgado apresentou a sua exposição Gênesis, em 2013, que, como todos os seus trabalhos, teve enorme impacto na conscientização ambiental e social global, e representa uma vida de amor pelas pessoas e pelo planeta. A sua câmera mostrou a beleza da natureza intocada e foi, ao mesmo tempo, um manifesto contra as realidades de um mundo profundamente desigual, marcado por guerras, pobreza e injustiças. Um olhar comovente, cidadão. Ao olhar para baixo, nos fazia refletir sobre o inaceitável e ao olhar para cima, nos fazia ficar extasiados com a beleza da criação com a qual fomos brindados, destacando a nossa responsabilidade em ter o melhor papel frente a ela, com humildade para saber que nada é nosso e tudo tem que ser preservado.

Salgado se propôs a mostrar a violência contra a natureza e o ser humano gerada pelo próprio ser humano, passando por questões como a seca na África, guerras civis, ondas migratórias, povos indígenas e Amazônia. Não se absteve também de trabalhar a realidade próxima, provando como é possível transformar o mundo através da vida pessoal! Criou a ONG Instituto Terra ao lado de sua esposa Lélia Wanick e fez ressurgir mais de 600 hectares de florestas da Mata Atlântica, plantando cerca de 2,7 milhões de árvores.

O que aprendemos com este ser humano exemplar? Com suas lentes e vida pessoal, ele colocou em prática o que eu conceituo como Inteligência Social, a nossa inteligência voltada ao bem comum. Uma vida que revela o potencial que cada ser humano possui para melhorar a sociedade de alguma forma, sendo ele, neste caso, um gigante!

Eterna defensora de que o papel principal de cada um de nós é ter uma sociedade mais evoluída, que preserve e desenvolva a vida, fiquei imensamente triste com a aprovação do PL 2.159/2021 pelo Senado Federal, que flexibiliza as regras de licenciamento ambiental do país criando, entre outras medidas, o licenciamento baseado na autodeclaração e a proteção de terras indígenas somente em áreas já demarcadas, ignorando a Constituição, que garante o “direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado”.

É isso que o Congresso Nacional quer que o país leve para a COP 30? Como estamos usando a nossa capacidade, a nossa Inteligência Social, para garantir a preservação dos ecossistemas, respeitando as pessoas?

Que a humanidade de Sebastião Salgado possa contagiar mais corações e ampliar a nossa capacidade de intervir para criar um futuro capaz de garantir a dignidade do ser humano, com menos “gente vagando entre o sonho e o desespero”, como escreveu José Saramago no prefácio do livro Terra, publicado por Sebastião Salgado em 1997. A melhor politica é fazer o Bem sem demagogia, mas com verdade, eficiência e liberdade, no caso, sempre com consciência.

Obrigada, Sebastião, pelo seu legado eterno para a humanidade!

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